quinta-feira, 23 de agosto de 2012


De virada, Barcelona larga na frente

(Gazeta Press) Sexta-feira 24 de agosto de 2012
Um ano depois, Barcelona e Real Madrid voltaram a se enfrentar pela Supercopa da Espanha. Diante de um Camp Nou lotado, os atuais campeões da Copa do Rei, receberam os vencedores do último Campeonato Espanhol e largaram na frente na briga pelo título com uma bela vitória de virada por 3 a 2. Com o resultado, os catalães ganham o direito de jogar pelo empate na partida de volta, que acontecerá na próxima quarta-feira no Santiago Bernabeu, em Madri.
Os minutos iniciais do confronto desta quinta-feira pareciam uma repetiçãodas partidas do primeiro semestre de 2012, quando o Real Madrid passou a enfrentar seu rival jogando de maneira recuada. Mesmo com o tradicional toque de bola, o Barça demorou a encontrar espaços e assustar Casillas.
O time de Mourinho investia na forte marcação, mas o excesso de faltas logo no início do jogo afundou a estratégia. Com o português Fábio Coentrão apagado, os donos da casa começaram a aparecer bem pelo lado direito do ataque e quase abriram o placar por ali aos 18 minutos, quando Dani Alves cruzou para Lionel Messi dominar e acertar uma pancada à direita de Iker Casillas. Dez minutos depois, o capitão Xavi recebeu do argentino e soltou o pé para grande defesa do goleiro merengue.
Logo na sequência, foi a fez de Pedro testar o arqueiro em novo chute de fora da área, mas o capitão do Real se mostrava seguro. A primeira chance do time da capital aconteceu aos 35 minutos, quando Mesut Ozil cruzou na área e obrigou Victor Valdés a se esticar para tirar a bola da cabeça de Benzema.
De volta para o segundo tempo, o Real Madrid passou a marcar a saída de bola do Barcelona e, depois de conquistar o meio de campo, conseguiu sua primeira finalização. Aos nove minutos, Ozil cobrou escanteio pela direita na cabeça de Cristiano Ronaldo, que não perdoou Valdés: 1 a 0.
A alegria madridista, porém, não durou mais do que um minuto. Na saída de bola, Javier Mascherano acertou lançamento preciso para Pedro invadir a área e bater cruzado, sem chances para Casillas. O Real não acusou o golpe e dominou a partida, sufocando o Barça no campo de defesa. Em um contra-ataque, no entanto, veio o castigo.
Andrés Iniesta cortou Sergio Ramos na linha de fundo e foi derrubado. Pênalti para o Barcelona. Na cobrança, Messi bateu no canto esquerdo e viu Casillas cair no lado oposto, fazendo explodir a torcida no Camp Nou. Depois de adminstrar a partida por alguns minutos, o time mandante deu mais uma cartada diante do rival.
Iniesta saiu de dois marcadores, deixou Sami Khedira perdido e rolou com açúcar para Xavi. O capitão do Barça mostrou frieza e tirou de Casillas para sacramentar a virada blaugrana no Camp Nou.
A vitória chegou a ser ameaçada, quando Valdés se atrapalhou após recuo de Adriano e o argentino Di María, que havia entrado na vaga de José Callejón, aproveitou para diminuir a diferença. No desespero, o Real buscou o empate em bolas aéreas, mas foi o "estreante" Tito Vilanova, agredido por Mourinho em 2011, o técnico mais feliz ao fim do primeiro clássico da temporada.

Arouca e Cássio são as novidades de Mano Menezes

(Gazeta Press) Quinta-feira 23 de agosto de 2012
O técnico Mano Menezes convocou nesta quinta os 23 jogadores que defenderão a Seleção Brasileira nos amistosos diante da África do Sul e da China, nos dias 7 e 10 de setembro, disputados em São Paulo e Recife, respectivamente. Entre as surpresas, o volante Arouca, do Santos, e o goleiro Cássio, do Corinthians, ganham a sua primeira chance na Seleção principal.
Diferente da lista para o amistoso diante da Suécia, no último dia 15, Mano não priorizou a manutenção da base olímpica de Londres 2012 - foram sete alterações realizadas, as principais delas no gol, onde nenhum dos três convocados estavam na partida em Estocolmo.

"Na verdade, não temos uma unanimidade", confessou Mano, tentando não se abater com os problemas para escolher um goleiro titular para a sua equipe. "Temos ótimos jogadores da posição. Tenho certeza de que eles irão estar preparados para a Copa", acrescentou o comandante.

Mano fez questão de elogiar a sua surpresa para o gol, Cássio. "Trabalhei com ele no Grêmio. Ele foi para a Holanda depois, ficou um pouco distante e teve um ótimo retorno ao Corinthians. Está entre os nomes que eu gostaria de ter na Seleção", afirmou, sem deixar de citar os outros convocados. "Tenho plena confiança no Jefferson e no Diego."

"Só fui convocado hoje porque fiz um bom trabalho no meu clube e quero que as coisas sigam assim. É o momento de continuar a me dedicar ainda mais no Corinthians e buscar construir minha história na Seleção agora neste meu retorno", comemorou Cássio, integrante da equipe sub-20 no Mundial de 2007 e que já havia sido convocado uma vez para a Seleção principal, em 2007, para dois amistosos na Suécia, contra Chile e Gana, mas não foi colocado em campo pelo então treinador, Dunga.

Além de Arouca e Cássio, uma das surpresas da lista é o zagueiro Réver, que volta a ser chamado por Mano após longo tempo fora da equipe brasileira. O jogador do Atlético Mineiro chegou a ser titular da Seleção no Superclássico das Américas de 2011, quando foi permitida apenas a convocação de atletas que atuavam no Brasil.

Autor de dois gols na vitória por 3 a 0 sobre a Suécia, Alexandre Pato fica de fora por conta de lesão. Já Paulo Henrique Ganso segue fora dos planos do treinador pela segunda vez seguida: o meia ja havia sido cortado do último amistoso logo após o encerramento dos Jogos Olímpicos de Londres 2012. O técnico explicou a situação: “Tive uma conversa com o Ganso quando fomos para Estocolmo e ele não faria parte da última etapa (o amistoso com a Suécia). Penso e disse a ele que é preciso tomar decisões em relação a ele mesmo. Essas indefinições estão atrapalhando”, avisou Mano, referindo-se às dúvidas do santista sobre seu futuro dentro do clube e tentando lhe transmitir confiança. “Contamos com ele e acreditamos muito nele.”
Confira a lista de convocados:
Goleiros:
Cássio (Corinthians)
Diego Alves (Valencia)
Jefferson (Botafogo)
Laterais:
Adriano (Barcelona)
Alex Sandro (FC Porto)
Daniel Alves (Barcelona)
Marcelo (Real Madrid)
Zagueiros:
David Luiz (Chelsea)
Dedé (Vasco)
Réver (Atlético-MG)
Thiago Silva (PSG)
Meio-campistas:
Arouca (Santos)
Lucas (São Paulo)
Oscar (Chelsea)
Paulinho (Corinthians)
Ramires (Chelsea)
Rômulo (Spartak Moscou)
Sandro (Tottenham)
Atacantes:
Hulk (FC Porto)
Jonas (Valencia)
Leandro Damião (Internacional)
Neymar (Santos)

Voluntárias experientes servem de exemplo e inspiração

(LOC) Quinta-feira 23 de agosto de 2012
Voluntárias experientes servem de exemplo e inspiração
Um voluntário tem sempre uma história pra contar e muitos amigos espalhados pelo mundo. Com o objetivo de dividir com potenciais candidatos a sua experiência, Danielle Gilson, do Rio de Janeiro, e Diana Maes, de Florianópolis, viajaram até Salvador, onde foi lançado nesta quinta-feira (21/8) o Programa de Voluntários da Copa das Confederações da FIFA e Copa do Mundo da FIFA.
"O astral é muito legal quando as pessoas trabalham por amor. É cansativo, exige responsabilidade e pontualidade, mas a recompensa de saber que tem um pouco de você naquele evento é muito prazerosa", disse Danielle, que é advogada e trabalhou como voluntária pela primeira vez nos Jogos Pan-Americanos, realizados em 2007 no Rio de Janeiro. E não parou mais: foi voluntária no Sorteio Preliminar da Copa do Mundo da FIFA, em julho de 2011, e na Copa do Mundo de Futsal da FIFA, em 2008, também no Rio de Janeiro.
O interesse pelo voluntariado veio do amor pelo esporte. Danielle, hoje com 38 anos, descobriu aos 19 que tinha um tumor na medula. Em um mês, perdeu boa parte do movimento das pernas e hoje anda de muletas ou cadeira de rodas. Ainda assim, faça chuva ou sol, ela nada duas vezes por semana no mar de Copacabana. "Acho que o papel do voluntário com deficiência é mostrar que ele também é capaz de contribuir, como qualquer outro", acredita Danielle.
Com a Copa do Mundo da FIFA 2014 sendo realizada em 12 sedes, ela aposta que a cultura do voluntariado será ampliada para todo o país."Vai ser muito bom ver esse movimento ganhar o Brasil, de Porto Alegre até Manaus. O povo brasileiro é muito solidário e participativo, vamos mostrar ao mundo que somos capazes de organizar um evento desse tamanho", disse.
Diana, que trabalha com marketing em Florianópolis, esteve na Copa do Mundo da FIFA 2010, na África do Sul. Na época, ela se inscreveu não apenas pela paixão pelo esporte, mas também porque já pensava em contribuir quatro anos depois, no seu país.
"Eu aposto muito no sucesso da Copa do Mundo da FIFA no Brasil, inclusive na área de voluntariado. Vi de perto o êxito da África do Sul. Eles realizaram o evento da melhor forma possível. Assim como eles, somos dinâmicos, proativos e receptivos", afirma Diana, que até hoje mantém contato por meio das mídias sociais com amigos que ela conheceu na África do Sul e moram na Polônia, Austrália, em Moçambique e no Chile.
Se você deseja ter uma experiência parecida com a da Danielle e da Diana na Copa das Confederações da FIFA e Copa do Mundo da FIFA, acesse o link "Brasil 2014 - Voluntários" à direita desta página e candidate-se ao Programa de Voluntários do Comitê Organizador Local (COL).

sábado, 11 de agosto de 2012


Vôlei feminino conquista o bicampeonato; futebol e boxe terminam em segundo lugar

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Crédito: Washington Alves/AGIF/COB

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O penúltimo dia de disputas dos Jogos Olímpicos Londres 2012 foi de festa para o Time Brasil. A seleção feminina de vôlei conquistou sua segunda medalha de ouro consecutiva ao derrotar os Estados Unidos por 3 a 1, numa virada espetacular, após derrota no primeiro set. Com o resultado, Jaque, Sheilla, Fabi, Thaísa, Fabiana e Paula Pequeno entram para o seleto grupo dos brasileiros bicampeões olímpicos, que já contava com Adhemar Ferreira da Silva, do salto triplo; Torben Grael, Marcelo Ferreira e Robert Scheidt, da vela; e Maurício e Giovane, do vôlei.
A arrancada da seleção feminina de vôlei rumo ao lugar mais alto do pódio foi digna de campeãs. Depois de uma primeira fase em que não conseguiu encontrar seu melhor padrão de jogo – perderam para as próprias americanas e para a Coreia do Sul -, a seleção brasileira arrancou para o título com uma vitória de virada sobre a Rússia pelas quartas de final, em que precisou salvar seis match points. Já nas semifinais, impôs vitória incontestável sobre o Japão por 3 a 0. Na final deste sábado, encontrou dificuldades contra os Estados Unidos apenas no primeiro set (perdeu por 25/11). Daí em diante, passou a dominar a partida para fechar de forma categórica, com parciais de 25/17, 25/20 e 25/17.
Para a experiente Paula Pequeno, uma das seis remanescentes da campanha dourada de Pequim, outro ponto fundamental foi a capacidade do grupo de dialogar. “A gente estava errando muita coisa justamente porque queria muito acertar, e era necessário que acalmássemos e parássemos de ficar tão afobadas. Um exemplo foi o primeiro set da final, quando a gente tentou acompanhar a correria das americanas e foi mal. Tivemos fé para visualizar, no meio de toda a tensão, o momento que estamos vivendo agora”.
Único tricampeão olímpico brasileiro (comandou a seleção masculina em Barcelona 92 e a feminina em Pequim 2008), o treinador José Roberto Guimarães, elogiou a capacidade de recuperação do grupo. “Precisávamos resgatar o brio, a auto-estima, e isso não se fazia com outra coisa senão conversa. O que fizemos aqui foi uma história linda, de como a vida é bonita mesmo nos momentos mais complicados. Fomos ao fundo do poço e voltamos, mas soubemos reagir. Mesmo hoje, quando as americanas passaram por cima da gente no primeiro set, vi que o grupo apenas precisava respirar e começar a ter paciência para jogar o jogo da gente’’.
No boxe, Esquiva Falcão fez uma luta equilibrada diante do japonês Ryota Murata, mas acabou derrotado por apenas um ponto (14 a 13 ) na final da categoria até 75 kg. O pior é que o brasileiro teve dois pontos descontados porque o árbitro considerou que ele travara muito a luta, forçando o clinch. O resultado do baiano merece ser comemorado, pois foi a primeira vez que um pugilista do país chegou a uma final olímpica.
“Os dois estavam se agarrando no ringue. Tanto eu quanto o Murata estávamos cansados. Não entendi porque ele só tirou ponto de mim. Tinha que ser dos dois ou então não tirar de nenhum atleta”, analisou Esquiva. Apesar da reclamação, o pugilista ressaltou que não irá apelar da decisão dos árbitros do combate. Mais sereno, ele disse que está feliz com a medalha de prata e por ter entrado para a história do boxe brasileiro.
“Não tem essa de apelar. O esporte é assim. Estou de cabeça erguida e feliz por ter sido o primeiro brasileiro a conquistar a medalha de prata. A família Falcão representou muito bem o Brasil e todos estão de parabéns”, finalizou Esquiva, referindo-se ao irmão, Yamaguchi Falcão, que conquistou a medalha de bronze na categoria meio-pesado. "Com o resultado do boxe aqui em Londres o Brasil terá condições de crescer ainda mais para 2016", comemorou.
Já o futebol masculino conquistou sua quinta medalha olímpica – foi prata também em Los Angeles 1984 e Seul 1988 e bronze em Atlanta 1996 e Pequim 2008 -, com a derrota de 2 a 1 para o México, no lendário Estádio de Wembley. Neymar entende que a medalha deve ser valorizada. “É chato perder a final, mas é sempre bom ajudar o nosso país na classificação dos Jogos”.  O capitão Thiago Silva lamentou a falta de sorte. “Contra a Coreia, ela nos sorriu. Hoje, não apareceu

quinta-feira, 9 de agosto de 2012


A uma vitória do ouro inédito

Brasil derrota a Coreia do Sul por 3 a 0 e agora enfrenta o México na final olímpica do futebol

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Crédito: Divulgação/CBF

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Após 24 anos, a seleção brasileira de masculina de futebol voltará a disputar uma final olímpica. Com a vitória sobre a Coreia do Sul (3 a 0) nesta terça-feira, 7 de agosto, no Estádio Old Trafford, em Manchester, o Brasil se habilitou a enfrentar o México – que eliminou o Japão –, na  decisão do torneio. O jogo está marcado para o próximo sábado, às 11h (horário de Brasília), no Estádio Wembley, e poderá valer ao time a tão sonhada medalha de ouro, único título que falta ao futebol brasileiro.
A seleção brasileira começou a partida em ritmo lento e com Neymar pouco acionado em campo. Pelo lado direito da defesa brasileira, os coreanos chegaram três vezes com perigo. Aos 11m, com o atacante Kim e aos 12m quando Thiago Silva tirou a bola perto da linha do gol, após falha do goleiro Gabriel. Três minutos depois, o meia Ji Dongwon desferiu um bonito chute de fora da área que passou perto do travessão brasileiro.
Foi a partir dos 18m, quando deu seu primeiro chute a gol com Leandro Damião, que a seleção brasileira se encontrou em campo e passou a pressionar a Coreia do Sul. Aos 22m, Alex Sandro tentou por cobertura e o zagueiro adversário salvou em cima da linha já com o goleiro Lee batido. Aos 22m, Leandro Damião chutou cruzado após o rebote do goleiro coreano, mas a bola passou perto do gol, com perigo.
O gol brasileiro saiu aos 37m. Sandro roubou a bola no meio de campo e tocou pra Neymar pela esquerda. O atacante passou para Oscar que viu a penetração de Rômulo pela direita. Como elemento surpresa, o volante chutou por baixo, no canto direito para marcar Brasil 1 a 0. Já no finzinho, aos 45m, a Coreia do sul voltou a assustar num chute forte de Ji Dongwon. Para a sorte de Gabriel, a bola ganhou altura e passou por cima do travessão.
Na volta do intervalo, o Brasil entrou decidido e resolveu a partida logo no início do segundo tempo. Aos 11m, após boa tabela entre Neymar e Marcelo, a bola sobrou para Leandro Damião, que fuzilou o goleiro coreano: 2 a 0. Aos 19m, o mesmo Damião mostrou oportunismo dentro da área e com um toque de bico de chuteira marcou o terceiro gol brasileiro.
A partir daí o Brasil começou a tocar a bola e os jogadores se pouparam já visando à decisão com o México. O técnico Mano Menezes colocou Hulk, Bruno Uvini e Pato nos lugares de Marcelo, Juan e Damião, respectivamente, para dar ritmo de jogo a estes jogadores. Como os coreanos desistiram da partida, a seleção brasileira adotou uma postura mais cautelosa e só esperou pelo apito final. Após 24 anos – a última vez foi a derrota para a ex-URSS em Seul 1988 – o Brasil volta a disputar uma final olímpica.
Brasil – Gabriel; Rafael, Thiago Silva, Juan (Bruno Uvini) e Marcelo (Hulk); Sandro, Rômulo, Alex Sandro e Oscar; Neymar e Leandro Damião (Alexandre Pato). Técnico Mano Menezes.
Coreia do Sul – Lee; Oh, Yun, Younggwon Kim e Ki; Kim Bokyung; Nam e Hwang; Koo (Park), Hyunsung Kim (Jung) e  Ji Dongwon. Técnico Bo Hong.

Alexandre Bittencourt, de Londres
COB - Relações com a Imprensa

sábado, 4 de agosto de 2012


Virada e classificação

Damião faz dois, sofre pênalti e seleção masculina se classifica para semi após derrotar Honduras

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Crédito: Rafael Ribeiro/CBF

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Depois de ficar duas vezes em desvantagem, a seleção brasileira masculina de futebol manteve vivo o sonho da medalha de ouro inédita ao derrotar Honduras na tarde deste sábado, 4 de agosto, em Newcastle, por 3 a 2. Leandro Damião (2) e Neymar marcaram os gols da equipe de Mano Menezes, que na terça-feira enfrentará o vencedor de Grã-Bretanha e Coreia do Sul.
A seleção brasileira iniciou o jogo melhor, dominando a posse de bola, e já poderia ter aberto o marcador com menos de um minuto de jogo, quando Leandro Damião foi lançado por Marcelo, mas bateu para fora quando estava sozinho de frente para o goleiro. Oscar e Neymar perderam duas chances aos 4 e aos 10, mas Honduras acabou surpreendendo o Brasil num contra-ataque: em jogada que começou com uma arrancada do lateral-esquerdo Espinoza, a bola sobrou para Martinez acertar um lindo chute no ângulo esquerdo de Gabriel.
A vantagem fez com que os hondurenhos recuassem e apelassem também para faltas, numa tentativa de frear o poder ofensivo da seleção. Mas Crisanto exagerou, acertando Hulk e Neymar em menos de um minuto, e foi expulso, aos 32. Depois de desperdiçar boas chances com Damião e Oscar, a seleção empatou aos 37. Após boa jogada de Hulk, Damião aproveitou a indecisão da zaga para mandar a bola de carrinho para o gol.
Qualquer impressão de que Honduras poderia entrar em campo abalada no segundo tempo se desfez quando Espinoza mais uma vez aproveitou o espaço deixado à sua frente para acertar um chute de efeito aos dois minutos, contando também com um corta-luz providencial de Peralta. Mas dessa vez, o Brasil levou apenas um minuto para reagir. Damião foi derrubado na área e Neymar cobrou o pênalti. Aos 14, novamente Damião. O centroavante recebeu passe de Neymar na área e girou sobra defesa hondurenha para chutar forte e marcar seu quarto gol no torneio olímpico.
O gol quebrou a resistência dos hondurenhos, que ainda perderiam Espinoza, expulso aos 44 minutos do segundo tempo com o segundo cartão amarelo. A única preocupação para o Brasil foi o grande número de cartões amarelos:  Marcelo, Damião, Rômulo, e Sandro foram advertidos.

Brasil: Gabriel, Rafael, Juan, Thiago Silva e Marcelo; Sandro (Danilo), Rômulo e Oscar; Hulk (Lucas), Leandro Damião (Pato) e Neymar. Técnico: Mano Menezes

Brasil atropela anfitriãs no handebol

Seleção vence Grã-Bretanha por 30 a 17 e vai às quartas de final

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Crédito: Daniel Ramalho/AGIF/COB

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Terceira vitória, 100% de aproveitamento e classificação garantida. Tudo isso em grande estilo: com uma atuação impecável diante da empolgada torcida local no ginásio Cooper Box, a seleção brasileira feminina de handebol derrotou a Grã-Bretanha por 30 a 17 nesta quarta-feira, 1º de agosto, e carimbou passaporte para as quartas de final do torneio olímpico.

Depois das vitórias sobre a Croácia, Montenegro e agora sobre as anfitriãs dos Jogos de Londres 2012, a equipe comandada pelo dinamarquês Morten Soubak ocupa a primeira colocação do Grupo A, com 6 pontos conquistados. A Rússia, próxima rival das brasileiras na competição, tem quatro pontos e um jogo a menos, podendo empatar com a seleção no topo da chave ainda nesta quarta. O confronto que definirá a primeira colocada do grupo acontece na próxima sexta-feira, 3 de agosto, às 16h15 locais (12h15 de Brasília) - as brasileiras fecham a primeira fase contra Angola, no domingo, dia 5.

“Foi um jogo mais tranquilo porque fomos lá e fizemos ficar fácil. Estamos crescendo ao longo da competição: na primeira partida jogamos bem na defesa e erramos um pouco no ataque, na segunda já foi o contrário. Hoje conseguimos unir as duas coisas e o resultado foi esse”, analisou Ana Paula, artilheira do jogo, com sete gols. “Nos próximos jogos, é dar o máximo para conquistar mais pontos. Estamos disputando Jogos Olímpicos e cada partida aqui é uma final”.

O Brasil começou melhor no confronto e contou com quatro gols da pivô Alê Nascimento para abrir 6 a 3 já aos dez minutos de jogo. Enquanto o time britânico depositava todas as fichas na armadora Gerbron e na ponta Goodwin, as brasileiras mostravam boa variação de jogadas e raramente desperdiçavam chegadas ao ataque. Na metade final do primeiro set, o show ficou por conta da central Ana Paula, que anotou outros quatro gols para a seleção brasileira e comandou a vitória parcial das meninas por expressivos 17 a 8.

A vantagem, que já era confortável no primeiro tempo, chegou a dez pontos logo no primeiro minuto do segundo tempo, quando Alê Nascimento marcou seu quinto gol na partida, e a virtual vitória se transformou em um passeio. A equipe de Soubak não deixou as britânicas encostarem, apesar dos esforços da pivô Byl Lyn, destaque do time rival na segunda metade do confronto, e  chegou a abrir 24 a 12 aos 15 minutos, após mais um tento de Ana Paula.

O domínio brasileiro ficou ainda mais evidente no fim da partida, quando a equipe passou a administrar a bola e ampliou a vantagem sobre as rivais, fazendo 28 a 15 a seis minutos do fim. Sem sustos, vitória confirmada por 30 a 17 e atenções divididas entre as duas últimas partidas da primeira fase e os possíveis cruzamentos com grandes potências do esporte na próxima etapa da competição.

“Agora é definir a colocação. Quanto melhor a posição, teoricamente o melhor adversário para enfrentar. Mas não tem time fácil pelo caminho, do outro lado é a chave da morte e não vai ter adversário tranquilo”, disse a armadora Duda Amorim.

O Grupo B do torneio feminino de handebol é formado por França, Coreia do Sul, Noruega, Dinamarca, Espanha e Suécia, consideradas potências da modalidade.
Flávia Tavares, de Londres
COB – Relações com a Imprensa

Passeio brasileiro

Seleção masculina de basquete arrasa China por 98 a 59 e agora decide o segundo lugar do Grupo B contra a Espanha

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Crédito: Washington Alves/AGIF/COB

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A seleção brasileira masculina de basquete não tomou conhecimento da China e venceu com facilidade a partida disputada neste sábado, 4 de agosto, no Basketball Arena: 98 a 59 (42 a 21). Os destaques foram o pivô Tiago Splitter e o ala Marquinhos, cestinha da partida com 14 pontos. Com os resultados da rodada – a Rússia garantiu o primeiro lugar do Grupo B ao derrotar a Espanha por 77 a 74 –, o Brasil decidirá com a própria seleção espanhola a segunda colocação da chave no jogo que será disputado na próxima segunda-feira, 6 de agosto.
Em nenhum momento da partida o Brasil esteve ameaçado no placar. Com boa armação no sistema defensivo, a equipe conseguiu neutralizar as investidas dos chineses e explorar os contra-ataques rápidos. O pivô Anderson Varejão foi responsável por 13 (oito defensivos e cinco ofensivos) dos 49 rebotes no total da equipe brasileira. Em compensação, a equipe brasileira continua devendo com relação aos arremessos de três pontos: teve um aproveitamento apenas regular de 48%.
No cruzamento olímpico do torneio de basquete, a seleção que ficar em segundo lugar no Grupo B e passar pelas quartas de final enfrentará o temido dream team dos Estados Unidos numa hipotética semifinal. Isso, levando-se em conta que o time de Le Bron James, Kobe Bryant e companhia também avançará na competição saindo como primeiro do Grupo A. Assim, uma vitória sobre a Espanha deixa o time em segundo e, caso passe das quartas-de-final, pode encontrar os norte-americanos na semi. Já uma derrota pode fazer com que a única possibilidade de encontrar os Estados Unidos seja em caso de final.
Mas tanto para os jogadores quanto para o técnico Ruben Magnano, a cabeça está voltada para vencer jogo com a Espanha. Nada mais. “Um técnico não pode fazer especulações, mas sim preparar um esquema para sua equipe ganhar. A mentalidade tem que ser vencedora para uma equipe ser campeã. Por exemplo: um time fica em primeiro numa chave e vai pegar o quarto da outra. Se os jogadores pensarem que será mais fácil, vão perder. Nos Jogos Olímpicos não tem time fraco e falo com experiência”, frisou Magnano, que ganhou a medalha de ouro com a seleção argentina de basquete em Atenas 2004 após vencer os Estados Unidos na semifinal e a Itália na final.
A imprensa espanhola levantou uma questão: se valeria a pena a seleção perder para o Brasil para fugir de um possível confronto com os Estados Unidos na semifinal. O ala Marquinhos garantiu que isso não passa pela cabeça dos jogadores brasileiros. “Vamos jogar para vencer a Espanha. Depois vamos pensar nas quartas de final antes de chegar as semifinais”, ressaltou.
O ala Marcelinho Machado comentou a surpreendente vitória da Rússia sobre a seleção espanhola. “Isso mostra o equilíbrio destes Jogos Olímpicos. Teremos um jogo difícil contra a Espanha e não podemos ficar fazendo projeções. É jogar para vencer e depois analisar quem virá pela frente”, disse.
Já o pivô Tiago Splitter garantiu que ninguém no grupo está pensando em semifinal. “Estamos pensando em ganhar jogos aqui em Londres. Além disso, não podemos falar em semifinal sem antes jogar as quartas de final”, finalizou. 

Alexandre Bittencourt, de Londres
COB - Relações com a Imprensa

Missão cumprida em Londres

Judô já planeja voos mais altos no Rio 2016

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Crédito: Wander Roberto/Rio 2016

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A nova geração fez sua parte e foi fundamental para que o judô brasileiro alcançasse todas as suas metas nos Jogos Olímpicos Londres 2012. Mas o trabalho não para. Com a conquista quatro medalhas por jovens talentos ( ouro de Sarah Menezes e os bronzes de Felipe Kitadai, Mayra Aguiar e Rafael Silva), a comissão técnica da modalidade já projeta voos mais altos daqui a quatro anos, no Rio de Janeiro. Neste sábado, 4 de agosto, em entrevista coletiva na Casa Brasil, o diretor técnico da Confederação Brasileira de Judô, Ney Wilson, fez um balanço da participação da modalidade nos Jogos e acredita que o futuro do judô é promissor. 
Em Londres, o judô chegou ao melhor resultado na história em Jogos Olímpicos. Qualitativamente, os melhores haviam sido Seul 88 e Barcelona 92, com um ouro cada. Quantitativamente, foram Los Angeles 84 (uma prata, dois bronzes) e Pequim 2008 (três bronzes). “Nós chegamos a Londres com metas muitos claras, definidas pela comissão técnica, que eram sair daqui com quatro medalhas, chegar a uma final feminina e conquistar um ouro. Com isso, nós quebraríamos tudo que já havíamos conquistado em termos de resultados olímpicos. A meta foi cumprida integralmente, mas se fizermos uma avaliação mais profunda, o resultado, além das medalhas, foi bem melhor do que em edições anteriores”, destacou Ney Wilson. Em Londres, além dos quatro pódios, o judô brasileiro teve três quintos colocados, um sétimo e um número de lutas vencidas maior do que Pequim. “Hoje, temos uma avaliação ainda superficial e com certeza será preciso um estudo mais aprofundado para podermos trabalhar em cima de acertos e erros. Mas já estamos pensando em 2016. Vamos seguir trabalhando duro para 2016. Por serem atletas jovens, os medalhistas têm tudo para levar essa geração para frente. Vamos trabalhar em uns Jogos Olímpicos dentro de casa, não só por um bom resultado, mas para ser a maior potência do judô mundial”, acredita Ney.
Com as quatro medalhas em Londres 2012, o judô chegou a 19 pódios olímpicos na história e passou momentaneamente a vela (16) como esporte que mais medalhas deu ao Brasil nos Jogos em todos os tempos. É também a oitava edição olímpica consecutiva (desde Los Angeles 84) que o Brasil traz medalhas olímpicas no judô. A participação feminina foi um dos grandes destaques do Brasil nos Jogos.  A medalha de ouro de Sarah Menezes trouxe o Brasil para o lugar mais alto do pódio depois de 20 anos. “Trabalhamos o ciclo olímpico inteiro para bater essa meta de fazer uma final olímpica e conquistar uma medalha. Os objetivos foram alcançados. O planejamento é fundamental para toda e qualquer confederação. O ideal é planejar, traçar metas e ir fundo. A gente sua a camisa para chegar, para cumprir. O perfil da confederação é esse: traçar um planejamento e executá-lo”, afirmou Rosicléia Campos, treinadora da equipe feminina.

Além do ouro de Sarah, Mayra Aguiar, bronze aos 20 anos, tornou-se a atleta mais jovem a conquistar uma medalha individual para o Brasil em qualquer esporte na história dos Jogos Olímpicos. “A medalha me deu trouxe muita confiança. Sei que eu podia conquistar um dia, mas quando ela vem realmente, a confiança cresce. Sei que eu posso ir mais longe. Entrei para buscar o ouro e não deu. Fiquei chateada naquela hora, mas depois percebi que experiência eu estava vivendo. Quanta gente não queria estar disputando os Jogos Olímpicos? E eu estou saindo daqui com uma medalha. Então, estou muito contente com isso. Tenho vários Jogos Olímpicos pela frente. Tem 2016. Adoro competir em casa, com torcida, nossa estrutura toda. É mais uma motivação para continuar competindo e indo além”, comentou Mayra.
Pela primeira vez o Brasil subiu ao pódio nas categorias ligeiro e pesado masculino. As medalhas vieram com os inseparáveis amigos Felipe Kitadai e Rafael Silva. O resultado foi comemorado, já que a CBJ fez um trabalho específico de treinamento para estas categorias. “Eu me cobro muito em termos de resultados. Venho de um começo de ano muito bom. Eu sabia que tinha chances de medalha olímpica e quando eu vi o Kitadai ganhando fiquei muito feliz. Essa equipe tem muito valor. Até os mais experientes, que não medalharam, agregaram muito. Essa foi a primeira grande competição que eu consegui ir bem. Essa medalha vem me firmar na categoria. Para minha carreia foi muito importante por saber que eu tenho condições de brigar com os melhores da categoria. 2016 está aí para eu tentar um melhor resultado”, projetou Rafael “Baby” Silva. 
Daniel Varsano, de Londres