Desde 2004, quando deixou o Everton e foi para o Manchester UnitedWayne Rooney teve sucesso em todas as temporadas, mas 2011 foi especial. Com muitos gols e tabelinhas com o colega de time Javier Hernández, ele ajudou a equipe a faturar o 19º título da liga inglesa (um recorde) e a disputar a final da Liga dos Campeões da Europa contra o Barcelona. No mês passado, o atacante perdeu apenas para o craque Neymar o Prêmio Puskás da FIFA de gol mais bonito de 2011.
Enquanto o Campeonato Inglês se aproxima da reta final com uma disputa ponto a ponto com o arquirrival Manchester City, Rooney também precisa se concentrar na Euro 2012, que acontecerá em junho na Polônia e Ucrânia. Mais uma vez, as esperanças inglesas recaem sobre o jogador de 26 anos, que, suspenso, não poderá participar das duas primeiras partidas da fase de grupos, contra França e Suécia, mas deverá atuar na última rodada contra a anfitriã Ucrânia e, em caso de classificação, na fase de mata-mata. Em entrevista exclusiva para o FIFA.com, Rooney revela as metas com o clube e com a seleção em 2012.
FIFA.com: A temporada do Manchester United foi de altos e baixos. Qual é a sua avaliação até agora? 
Wayne Rooney: É claro que a eliminação da Liga dos Campeões foi uma grande decepção, mas estamos bem colocados no Campeonato Inglês, somente alguns pontos atrás, e ainda faltam várias rodadas. Sabemos que podemos crescer agora e ser mais consistentes até o fim da temporada. No âmbito pessoal, esta é uma das temporadas em que mais marquei gols. Por enquanto foram 19, mas espero balançar as redes muito mais vezes até o final.

Que resumo faz de 2011? Foi um bom ano. O título do Campeonato Inglês foi o ponto alto, um grande momento para todo mundo no Manchester United. Sem sombra de dúvida, perder a final da Liga dos Campeões foi uma grande decepção. Tivemos altos e baixos, mas, no geral, o clube teve um ano de sucesso.
Que metas você traçou para 2012?
Conquistar um novo título inglês e fazer bonito na Liga Europa. Essas são as duas competições que nos restam. Queremos fazer bonito e, com sorte, vencê-las.

Como o técnico Alex Ferguson ajuda quando a coisa fica feia? 
Ele é muito experiente e um ótimo treinador. Ele sabe com quais jogadores pode falar e com quais pode gritar, se for necessário. Ele sabe como os jogadores reagem e o que fazer para que deem o melhor de si. Acho que isso é importante principalmente nos dias de hoje. A visão de jogo, o comprometimento e a paixão dele inspiram os jogadores. Para mim, ele é brilhante, um grande líder do nosso time.

Falando na seleção e na Euro 2012, quais lições tiradas da África do Sul 2010 vão ajudar a Inglaterra na Eurocopa? Participar da Copa do Mundo e da Eurocopa rende essa experiência. Como uma equipe, como um grupo de jogadores, chegaremos em melhores condições. Acho que nos sairemos muito melhor do que contra a Alemanha. O objetivo é ganhar a Eurocopa, pois já faz muito tempo que a Inglaterra venceu pela última vez. Queremos colocar o nosso nome na história; essa é nossa principal meta.
A UEFA reduziu a sua suspensão a dois jogos. Você acha que entrará com vigor renovado na última partida da fase de grupos e, quem sabe, nos mata-matas? Tomara que possamos conseguir bons resultados nas duas primeiras partidas, que não vou disputar. Depois, torço para que o técnico me escale e que eu tenha chance de ajudar a seleção a vencer e a ter sucesso no torneio. Esse é um objetivo claro para mim. Como equipe, é o que buscaremos fazer, mas cabe ao treinador escolher quem vai à Euro 2012.